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O rigor do assessor de Bolsonaro que desviou joias com um ursinho de pelúcia

Assessor citado no esquema de desvio de presentes presidenciais mostrou rigor para cadastrar um ursinho de pelúcia no acervo de Bolsonaro

atualizado

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Reprodução/Black Entertainment e Hugo Barreto/Metropoles
Montagem mostra urso de pelúcia da empresa Black Entertainment ao lado de foto de Jair Bolsonaro
1 de 1 Montagem mostra urso de pelúcia da empresa Black Entertainment ao lado de foto de Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução/Black Entertainment e Hugo Barreto/Metropoles

O tenente Osmar Crivelatti, alvo de mandados de busca e apreensão pelo suposto desvio de presentes presidenciais, mostrou rigor para cadastrar um urso de pelúcia no acervo de Jair Bolsonaro. É o que aponta um e-mail enviado por Crivelatti ao departamento de marketing da empresa catarinense Black Entertainment, no dia 25 de abril do ano passado.

Na mensagem, Crivelatti se apresentou como ajudante de ordens de Bolsonaro e disse que esteve com o então presidente na ExpoLondrina, onde ele recebeu um urso de pelúcia da empresa. “Eu tenho que seguir um protocolo e registrar os presentes recebidos pelo Presidente. Para isso, preciso de alguns dados de quem presenteou”, escreveu.

“Já tentei contato pelo Messenger, mas não tive uma recepção muito amigável. Inclusive, creio que fui bloqueado. No fim das contas, se não receber resposta dos senhores (as), tratarei o presente como se fosse de algum popular e não restará registro de sua pessoa/empresa”, acrescentou.

O assessor de Bolsonaro recebeu uma resposta da empresa horas depois. “O presente (Urso de Pelúcia) foi entregue ao presidente por uma de nossas diretoras”, dizia o funcionário da Black Entertainment.

A Polícia Federal (PF) suspeita que Crivelatti cometeu os crimes de peculato e lavagem de dinheiro ao participar do esquema para recuperar joias vendidas ilegalmente nos EUA. Os acessórios foram presentes que Bolsonaro ganhou de governos estrangeiros durante o exercício da Presidência.

Crivelatti também teria atuado para ocultar e comercializar presentes de alto valor no exterior. O tenente era considerado o braço-direito de Mauro Cid na ajudância de ordens da Presidência.

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metropoles.comGuilherme Amado

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