Márcio França ainda não aceitou o nome que Lula deu ao Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.

França esteve, na terça-feira (20/2), em um almoço com integrantes da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, em Brasília. Ao defender o aumento do teto do MEI e do Simples Nacional, o ministro declarou que “ninguém quer ser micro nada”.

“Um formato de rampa poderia tornar as coisas mais justas e, assim, tiraríamos essa síndrome de Peter Pan que estabelecemos. O ideal seria que o governo dissesse para você crescer. Ninguém quer ser micro nada. Ninguém gosta de ser micro, micro jornalista ou micro jogador. São empreendedores que, eventualmente, têm um pequeno negócio ou um micro negócio, mas muitas vezes aquele negócio, que é pequeno, é o que sustenta mais três ou quatro pessoas. E muitas geram a mão de obra brasileira”, disse França.

França e o PSB tentaram retirar os termos “micro” e “pequeno porte” da nomenclatura oficial do ministério, mas não obtiveram sucesso. Ao tomar posse do cargo, em setembro do ano passado, França errou o nome da pasta e disse que achava que a palavra “micro” não tinha sido incluída pelo governo.

(Atualização às 19h08 do dia 21 de fevereiro de 2024 – A assessoria de imprensa de Márcio França procurou a coluna para dizer que a “expressão usada pelo ministro durante a reunião da Frente Parlamentar do Empreendedorismo faz referência ao fato de que os microempreendedores têm o desejo de ampliar os seus negócios e, consequentemente, serem enquadrados em outras categorias com faturamento maior”. A pasta declarou que “o nome do ministério está em conformidade com a legislação, a qual contemplou o pleito do partido ao iniciar com ’empreendedorismo’, além de incluir os termos ‘economia criativa’ e ‘cooperativismo'”.)