O que os Bolsonaro disseram sobre Dallaganol, agora eleitor assumido
Ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol disse publicamente que votará em Bolsonaro num eventual 2º turno contra Lula
atualizado
Compartilhar notícia
Deltan Dallagnol mostrou não se importar tanto com o que falam dele ao declarar voto em Jair Bolsonaro num eventual segundo turno contra Lula. Nos últimos três anos, o ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato foi alvo de ataques por parte da família presidencial em diferentes momentos.
As estocadas começaram em agosto de 2019, quando Dallagnol despontou como o preferido da militância lavajatista para assumir a PGR. Em meio aos boatos, o perfil de Bolsonaro compartilhou no Facebook uma postagem que chamava Dallagnol de “esquerdista estilo PSol”.
Dias depois, o deputado Eduardo Bolsonaro publicou um vídeo em que o polemista Olavo de Carvalho fazia diversos ataques a Dallagnol. “Vejam o que o senhor Deltan está fazendo com o dinheiro da Petrobras. Ele está levantando as ONGs de esquerda para um novo assalto ao poder”, dizia Olavo.
Bolsonaro tornou a criticar Dallagnol em fevereiro de 2021. Segundo o presidente, os diálogos publicados pela Vaza Jato mostravam que Dallagnol e integrantes do Ministério Público perseguiam a sua família. As conversas tratavam sobre a escolha que Bolsonaro faria para a PGR em 2019.
Na CPI da Pandemia, o senador Flávio Bolsonaro citou Dallagnol ao criticar o relator da comissão, Renan Calheiros. Flávio disse que o emedebista havia recebido o apelido de “Renan Dallagnol” porque, segundo o filho do presidente, não havia respeito ao contraditório nas investigações.
No fim do ano passado, Bolsonaro acusou Dallagnol de ter buscado o pastor de Michelle Bolsonaro para tentar influenciar na escolha do PGR. O presidente repetiu que os procuradores da Lava Jato eram esquerdistas.
No Facebook, Dallagnol disse nesta segunda-feira (27/6) que não gosta “de muitas atitudes do atual governo”, mas que “não há nada pior e mais ameaçador para o futuro do Brasil do que o PT e Lula voltarem para a cena do crime”.