O que iFood, Uber e Rappi pensam sobre pagar previdência a entregador
Entidade de gigantes do setor, como iFood e Uber, esboçou proposta de cobertura previdenciária, mas empresas reclamam que não foram ouvidas
atualizado
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As duas associações que representam as empresas de aplicativos se desentenderam sobre como deve ser aplicada a cobertura previdenciária aos trabalhadores.
A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que reúne gigantes como iFood, Uber e Amazon, esboçou uma proposta de contribuição patronal para financiar a seguridade social dos trabalhadores.
O texto é embrionário e não sugere qual seria a alíquota que as empresas topariam pagar para garantir a cobertura previdenciária de motoristas e entregadores de aplicativo.
Apesar disso, a proposta foi prontamente descartada pelo Movimento de Inovação Digital (MID), a outra associação que representa empresas do setor, como Rappi, Loggi e Mercado Livre.
A MID alega que não foi ouvida durante a concepção do texto e que as empresas menores, representadas por ela, não teriam condições de arcar com a alíquota que seria aplicada às gigantes do setor.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, já foi informado sobre a existência da proposta da Amobitec e sobre os desentendimentos entre as associações.
Tanto a Amobitec quanto a MID serão chamadas para a comissão tripartite que discutirá a regulamentação do trabalho prestado para os aplicativos.