O que as pesquisas encomendadas pelo PSDB dizem sobre João Doria
O PSDB encomendou diversas pesquisas qualitativas para tentar diminuir os altos índices de rejeição apresentados por João Doria
atualizado
Compartilhar notícia
As pesquisas qualitativas encomendadas pelo PSDB para medir a rejeição a João Doria têm apresentado um padrão nos últimos meses. Os resultados apontam que a aversão de parte do eleitorado ao governador de São Paulo é de ordem pessoal e não tem relação com a gestão estadual.
Doria aparece mal no ranking de pré-candidatos mais rejeitados pela população desde que institutos começaram a medir as intenções de voto para a eleição. Na última pesquisa do Datafolha, 34% dos eleitores declararam que não votariam de jeito nenhum no tucano. Lula apresentou rejeição idêntica a Doria, enquanto Bolsonaro é desprezado por 60% dos eleitores.
Aliados admitem que reduzir a rejeição a Doria será difícil porque o governador é um político afeito a aparições midiáticas, ou seja, já é conhecido por boa parte da população. Por isso, o tucano foi aconselhado a diminuir a frequência de entrevistas e evitar temas relacionados à política nacional até março. A ideia é deixá-lo longe de problemas após o desgaste causado pelas prévias.
Nos próximos meses, Doria dificilmente falará em público, por exemplo, sobre a eleição da Executiva Nacional do PSDB, prevista para maio. Se lhe forem feitas perguntas sobre o assunto, ele deverá desviar e dizer que está focado na gestão de São Paulo. Assim, os tucanos esperam que as tratativas para unificar o partido caminhem longe dos holofotes da imprensa, o que poderia acirrar divergências.