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O que a campanha de Bolsonaro prepara para tentar derrubar Lula

Campanha de Bolsonaro tenta tirar o ex-presidente Lula do primeiro lugar das pesquisas de intenção de voto

atualizado

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Ricardo Stuckert/PR
mantega palocci
1 de 1 mantega palocci - Foto: Ricardo Stuckert/PR

A campanha de Jair Bolsonaro pretende usar massivamente nas redes sociais e na televisão as imagens da delação de Antonio Palocci, em que o ex-ministro acusa Lula e o PT de terem praticado atos de corrupção.

Serão usados ainda dados de investigações e processos do ex-ministro José Dirceu e do ex-tesoureiro João Vaccari Neto.

O objetivo é martelar a mensagem de que “a corrupção voltará” com o PT. A aposta da campanha bolsonarista é que, ao ser relembrado das suspeitas ou das condenações petistas, o eleitor irá aumentar sua rejeição a Lula.

Em sua delação, Palocci afirmou, sem apresentar provas, que 90% das medidas provisórias editadas nos governos de Lula e Dilma envolviam o pagamento de propinas.

Além disso, o ex-ministro afirmou que as doações de empreiteiras durante as eleições eram na verdade propina pagas em retribuição a contratos com a Petrobras.

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Em relação ao triplex, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, a 9 anos e 6 meses de prisão, no âmbito da Lava Jato
Lula foi considerado culpado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em julho de 2017. Em 2ª instância, o TRF-4 estipulou pena de 8 anos e 10 meses de reclusão
Segundo as acusações, Lula ocultou a propriedade, no litoral paulista, que teria sido recebida como propina da empreiteira OAS, em troca de favores na Petrobras
O triplex do Guarujá tem 297 metros quadrados, quatro quartos (sendo duas suítes), piscina, churrasqueira e até elevador
Lula ficou preso pelo período de 580 dias por essa condenação. Foi a primeira vez na história que um ocupante da Presidência foi condenado por um crime comum no Brasil
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Daniel Ferreira/Metrópoles
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Em relação ao triplex, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, a 9 anos e 6 meses de prisão, no âmbito da Lava Jato

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Lula foi considerado culpado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em julho de 2017. Em 2ª instância, o TRF-4 estipulou pena de 8 anos e 10 meses de reclusão

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Segundo as acusações, Lula ocultou a propriedade, no litoral paulista, que teria sido recebida como propina da empreiteira OAS, em troca de favores na Petrobras

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O triplex do Guarujá tem 297 metros quadrados, quatro quartos (sendo duas suítes), piscina, churrasqueira e até elevador

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Lula ficou preso pelo período de 580 dias por essa condenação. Foi a primeira vez na história que um ocupante da Presidência foi condenado por um crime comum no Brasil

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O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Frente Povo Sem Medo ocuparam em abril de 2018 o triplex. Depois de três horas, o grupo deixou pacificamente o prédio

Reprodução/redes sociais
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Em 2018, o imóvel foi leiloado e comprado pelo empresário brasiliense Fernando Costa Gontijo. Ele ofereceu o único lance, de R$ 2,2 milhões (valor mínimo)

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Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Ricardo Stuckert/Reprodução/Instagram
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O ex-presidente foi solto em novembro de 2019, depois de o STF proibir a prisão imediatamente após condenação em segunda instância

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No início de 2021, o então ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, decidiu anular todos os processos envolvendo Lula, no âmbito da força-tarefa em Curitiba

Reprodução/STF
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Supremo Tribunal Federal

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
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O STF entendeu que os processos contra Lula deveriam ser enviados e analisados pela Justiça Federal de Brasília

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Ministério Público Federal (MPF)

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Na sua delação, Palocci citou uma reunião de que teria participado em 2010 com Lula, Dilma e o ex-presidente da petroleira, José Sergio Gabrielli. Nela, Lula teria solicitado que a Petrobras encomendasse a construção de 40 navios-sondas, o que irrigaria os cofres do PT com dinheiro de propina.

Parte do conteúdo da delação de Palocci foi tornado público às vésperas do primeiro turno das eleições de 2018 pelo então juiz Sergio Moro, que em seguida se tornou ministro de Bolsonaro.

Com isso, surgiram as suspeitas de uso político da delação por Moro. O STF acabou determinando em 2020 que o conteúdo dela não poderia ser usado no processo que investigava a doação de um terreno pela Odebrecht para construção do Instituto Lula.

Além disso, ao investigar o que foi dito na delação, a PF concluiu que os únicos fatos que corroboravam as acusações do ex-ministro eram notícias de jornal.

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