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O propósito de Lula ao retomar as conversas com antigos desafetos

Lula está procurando antigos rivais para, se for eleito, contar com uma maioria capaz de inviabilizar o orçamento paralelo no Congresso

atualizado

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Lula faz sinal de positivo em frente às bandeiras da Alemanha e da União Europeia
1 de 1 Lula faz sinal de positivo em frente às bandeiras da Alemanha e da União Europeia - Foto: Ricardo Stuckert/Reprodução/Instagram

As articulações de Lula com antigos desafetos não são direcionadas apenas para assegurar a vitória na eleição. O ex-presidente disse a interlocutores que, se for eleito, quer contar com uma maioria consistente no Congresso para derrubar o orçamento paralelo que garante o apoio do Centrão ao governo Bolsonaro.

Lula tem manifestado em conversas públicas e privadas que Bolsonaro virou refém do Congresso com a instituição das emendas de relator. Segundo o petista, a prioridade de um eventual governo será acabar com o mecanismo para conferir maior autonomia ao Executivo.

O ex-presidente disse a Gilberto Kassab que planeja contar de largada com os votos do PSD e de todos os partidos de esquerda no Congresso. Como isso não será suficiente para ter maioria, Lula tem estreitado os laços com antigos adversários que poderão ser eleitos para a Câmara e conferir apoios pontuais, como os ex-governadores tucanos Marconi Perillo e Beto Richa.

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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos
Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula
No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice
O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista
A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República
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Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos

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Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula

Filipe Cardoso/ Metrópoles
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No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista

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A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República

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O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país

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De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista

Igo Estrela/Metrópoles
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A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026

Rafaela Felicciano/Metrópoles

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