O privilégio que o governo Bolsonaro negociou para pai de Cid em Miami
Pente-fino da Apex em sua representação em Miami encontrou status privilegiado ao escritório quando comandado pelo general Lourena Cid
atualizado
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O pente-fino que a Apex Brasil está fazendo em sua representação em Miami nos tempos do governo de Jair Bolsonaro, quando o escritório foi comandado pelo general Mauro Cesar Lourena Cid, encontrou o primeiro sinal de enroscos por ali.
Sob o general, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, cuja delação premiada implica Bolsonaro na negociata de joias do acervo presidencial e na tentativa de golpe de estado, a Apex em Miami conseguiu o status de “anexo consular” — Miscellaneous Foreign Government Office, em inglês.
A façanha, jamais conseguida por qualquer outra representação da Apex no exterior, foi negociada pelo Itamaraty de Bolsonaro com o Departamento de Estado dos Estados Unidos. A condição deu aos integrantes do escritório benefícios diplomáticos, como vistos de maior duração, entre outros.
A propósito, não foi encontrada nas dependências da Apex em Miami nenhum sinal da nota técnica que tenha embasado o status privilegiado, nem cópia do visto de trabalho concedido ao general Mauro Lourena Cid. O militar, investigado no caso das joias, não devolveu o passaporte oficial ao deixar a Apex, em janeiro de 2023.
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