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O perfil biográfico de Lélia González, por Sueli Carneiro

Livro “Lélia González: um retrato”, de Sueli Carneiro, será lançado neste mês

atualizado

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A filósofa, escritora e ativista Sueli Carneiro lança no fim do mês um perfil biográfico de Lélia Gonzalez (1935-1994), uma das principais intelectuais brasileiras da segunda metade do século XX e voz determinante para a análise da questão racial no Brasil. “Lélia González: um retrato”, além de reconstituir toda a trajetória da professora, revela documentos inéditos, entre eles uma carta que Lélia, jovem, escreve ao irmão.

Carneiro conta que Lélia é filha de uma numerosa família da classe trabalhadora de Belo Horizonte. Graças ao apoio de uma família italiana que subsidiou seu estudo na infância e de um irmão que fez sucesso como jogador no Flamengo, conseguiu viabilizar sua mudança para o Rio de Janeiro, onde estudou e fez carreira, sendo reconhecida pelo espírito combativo e questionador, que não temia o debate de ideias num país cuja parte expressiva da intelectualidade ainda negava a existência do racismo.

Antes de contar a entrada de Lélia na universidade, Carneiro apresenta a carta inédita, em que ela conta ao irmão a dúvida entre cursar medicina e filosofia (ela optaria, claro, pela segunda opção). A longa carta está textualmente na íntegra como um apêndice do livro. No documento, em que Lélia explica sua decisão, ela também mostra que já sabia das barreiras precisaria superar para estudar filosofia sendo uma mulher preta.

No livro, que sair pela editora Zahar, Carneiro detalha também o casamento e a viuvez, o engajamento no movimento negro e no movimento feminista, seu envolvimento com partidos políticos, além de sua circulação por diferentes países da diáspora negra.

O livro é uma versão adaptada do texto publicado originalmente na obra “Lélia Gonzalez: o feminismo negro no palco da história”, de 2014, como parte do Projeto Memória, fruto de uma parceria entre a Fundação Banco do Brasil e a Rede de Desenvolvimento Humano, com edição de texto de Antonia Ceva, Paulo Barbosa Corrêa e Schuma Schumaher.

A edição traz ainda um epílogo sobre a atualidade e a importância de Lélia — o curso que Djamila Ribeiro dá atualmente na Universidade Nova York tem a obra de Lélia González como algo central — e uma seleção de fotos que vai de sua juventude ao auge de seu ativismo.

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