O perde-perde de Ricardo Nunes com Bolsonaro e Marçal
Bolsonaro indicou que não vai recuar em apoio a Nunes, enquanto Marçal mostra intenção de levar até o fim candidatura pelo PRTB
atualizado
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As declarações de Jair Bolsonaro sobre não recuar no apoio ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e as sinalizações do coach Pablo Marçal de que vai, de fato, para a campanha paulistana pelo PRTB fazem aliados de Guilherme Boulos, do PSol, e gente do tucanato paulista compartilharem a avaliação de que cria-se uma situação de perde-perde para Nunes.
Esses interlocutores avaliam que, ao ir para a direita, exatamente em razão do fator Marçal, o prefeito enfraquece o discurso de que é um candidato de centro, de uma frente ampla, e atrairá de vez a rejeição de Bolsonaro entre os paulistanos.
Enquanto isso, conforme essa avaliação, os eleitores bolsonaristas-raiz se veriam divididos e tentados entre seguir o que diz Bolsonaro ou votar em um espécime moldado ao melhor estilo bolsonarista imbrochável.
A carapuça poderia servir a Marçal ou até mesmo em um nome como José Luiz Datena, o eterno quase-candidato. Em todo caso, seriam votos que migrariam de Nunes.
O tal perde-perde, então, seria assim resumido: Nunes abre mão do discurso e absorve a rejeição de Bolsonaro sem, em contrapartida, levar de porteira fechada o eleitorado do ex-presidente.
O prefeito, por sua vez, aproxima-se de Bolsonaro. Ele almoçou nessa sexta-feira com o ex-presidente, o governador Tarcísio de Freitas e aquele que pode vir a ser um chamariz ao eleitor bolsonarista paulistano: o ex-coronel da Rota Ricardo Mello Araújo, indicado por Bolsonaro para ser seu vice.
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