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O papel do CGU de Bolsonaro na linha do tempo do cartão falso de vacina

Wagner Rosário, ex-ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) do governo Bolsonaro, se mantém afastado do assunto da vacina

atualizado

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Adalberto Carvalho/Ascom-CGU
Wagner Rosário
1 de 1 Wagner Rosário - Foto: Adalberto Carvalho/Ascom-CGU

Um integrante do governo Jair Bolsonaro com participação relevante nos eventos do cartão de vacina falso do ex-presidente tem permanecido à margem das investigações.

O ex-ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) Wagner Rosário tratou sobre o assunto no final do ano passado, quando ainda estava no cargo. A CGU analisava, naquele momento, um pedido para abrir o sigilo do cartão de vacina de Bolsonaro.

Em 19 de dezembro, Rosário fez um despacho interno para informar que consultaria o Palácio do Planalto para saber se o presidente concordava com a divulgação.

Em depoimento à Polícia Federal, Bolsonaro disse que autorizou a CGU a abrir o sigilo de seu cartão naquele mesmo dia, 19, uma segunda-feira.

Em seguida, porém, uma série de eventos se desencadeou. Em 21 de dezembro, foram incluídas no sistema do Ministério da Saúde duas doses de vacina que Bolsonaro não havia tomado. Em 22 e 27 de dezembro, foram emitidos certificados no ConecteSus em que constavam os registros falsos de vacinação.

Embora Bolsonaro tenha autorizado no dia 19, Rosário só informou à CGU que o presidente permitiu a quebra de sigilo em 29 de dezembro, dois dias depois de os registros falsos de vacina em Duque de Caxias (RJ), recém-inseridos, serem deletados do sistema.

Ainda constava no registro que o ex-presidente teria se vacinado em São Paulo (SP). Com informações da Força Aérea Brasileira (FAB), o então ministro confirmou que o ex-presidente não estava em São Paulo naquele dia, e sim em Brasília.

Em 30 de dezembro, Rosário mandou abrir uma investigação sobre uma suposta adulteração nos dados de vacina de Bolsonaro.

Por que Wagner Rosário demorou dez dias para autorizar a abertura de sigilo? Naqueles dias, conversou diretamente com o presidente sobre o assunto, ou com auxiliares dele? O presidente mencionou a adulteração? Sabia do registro falso?

A Polícia Federal (PF) não ouviu Rosário sobre o assunto. A coluna procurou o ex-ministro, mas não obteve resposta.

Wagner Rosário, então ministro da CGU no governo Bolsonaro, desce a rampa do Planalto ao lado de Eduardo Pazuello

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metropoles.comGuilherme Amado

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