O incômodo do Itaú com a sátira sobre sua relação com o meio ambiente
Personalidades de esquerda postaram vídeo que ironiza comerciais do Itaú e aponta negligência do banco frente a projetos de lei que tramitam
atualizado
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O Itaú ficou incomodado com uma sátira que circula nas redes sociais dizendo que o banco é negligente em relação a projetos de lei em tramitação no Congresso que prejudicam o meio ambiente. O vídeo foi compartilhado por diversas personalidades de esquerda, entre elas o humorista Gregório Duvivier, a escritora Marcia Tiburi e o pré-candidato do PCB ao governo de Pernambuco, Jones Manoel.
Nesta segunda-feira (14/2), a comunicação do banco acionou a agência África, que tem a conta do Itaú, para pensar se valia a pena uma resposta também na linguagem publicitária, o que não deve ocorrer.
O banco soltou uma nota nesta terça-feira (15/2). “O Itaú Unibanco vem a público manifestar repúdio sobre um vídeo, de autoria desconhecida, que passou a circular na tarde de ontem nas redes sociais. O vídeo, que simula uma peça publicitária do banco, ataca a organização ao afirmar, de forma mentirosa, que nossa atuação sobre temas de sustentabilidade se restringe a ações de comunicação”, diz o comunicado do banco.
No vídeo de um minuto, um locutor com voz semelhante ao padrão dos comerciais do Itaú diz que o banco gasta “dezenas de milhões de reais com anúncios” para convencer os brasileiros que a instituição tem “compromisso com um mundo melhor”, mas que se ausenta das discussões em Brasília sobre as flexibilizações na legislação ambiental. “Comercial do Itaú, feito para você achar que a gente se importa com você”, conclui o locutor.
“Trata-se de um ataque leviano que desmerece todo o trabalho que o banco realiza há décadas nessa frente, envolvendo não apenas recursos financeiros, mas, principalmente, a dedicação de milhares de colaboradores e parceiros”, acrescentou o Itaú.
O banco apontou que pretende contribuir até 2025 com R$ 400 bilhões para “promover uma economia sustentável e mais inclusiva” e destacou que, além das contribuições para causas ambientais, se mantém como “o maior investidor social privado do Brasil”, com o direcionamento de R$ 600 milhões anuais para “causas como educação, cultura, esporte e mobilidade”.
Assista à íntegra do vídeo abaixo.
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