O governo Bolsonaro e o fim do escritório de Itaipu onde Janja trabalhava
Biografia da socióloga questiona decisão do governo Bolsonaro de acabar com escritório onde Janja trabalhava
atualizado
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A biografia da socióloga Janja da Silva, “Janja: a militante que se tornou primeira-dama”, lançada pelos jornalistas Ciça Guedes e Murilo Fiúza de Melo em abril, estabelece uma sequência de datas que joga um ponto de interrogação sobre a decisão do governo Bolsonaro de acabar com o escritório de Curitiba de Itaipu Binacional, onde Janja trabalhava e de onde saiu num programa de demissão voluntária em virtude da extinção.
O livro sugere que o senador Sergio Moro soube do namoro entre Janja e Lula por meio da Polícia Federal, que controlava quem visitava o petista na sede da PF em Curitiba, portanto antes de a notícia sobre o namoro ser publicada por esta coluna. O livro deixa entreaberta a possibilidade de Moro ter tido algum tipo de influência no fechamento do escritório em virtude de Janja. Procurado, Sergio Moro não quis responder se teve ou não algo a ver com o episódio.
De qualquer maneira, é fato que o então presidente de Itaipu, o general Joaquim Luna e Silva, que depois seria presidente da Petrobras, anunciou a extinção dias após o relacionamento se tornar público. O militar sempre negou que o namoro de Lula tenha sido a motivação para a decisão.