O erro de 2018 que Bolsonaro não quer cometer em 2022
Presidente tem reclamado com mais frequência da falta de apoio ao governo federal no Senado
atualizado
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Jair Bolsonaro diagnosticou um dos principais equívocos de sua estratégia eleitoral em 2018. O presidente passou a reclamar com mais frequência da falta de apoio ao governo no Senado e, em conversas com aliados, tem atribuído o desamparo à pouca importância que deu para a eleição de senadores no último pleito.
Uma mudança na estratégia eleitoral já foi diagnosticada. Bolsonaro vem trabalhando para tornar o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, conhecido em São Paulo. Nos atos do dia 7 de setembro, Tarcísio foi colocado para falar em cima do trio elétrico na Av. Paulista a convite do próprio presidente. O ministro tem o nome cotado para disputar o governo do estado, mas deu declarações dizendo que sua preferência é concorrer ao Senado.
Bolsonaro também está de olho na vaga do Senado pelo Rio de Janeiro. Em entrevista a Mauricio Lima e Policarpo Junior, ele afirmou que o vice-presidente Hamilton Mourão daria um bom senador. O PRTB, partido ao qual o vice está filiado, fez pesquisas que mostram Mourão com uma boa largada nas disputas pelo Senado e até pelo governo fluminense.
O presidente tem enfrentado dificuldades para aprovar projetos de seu interesse no Senado. Rodrigo Pacheco, que preside a Casa, tem se portado como um anteparo às medidas que o presidente da Câmara, Arthur Lira, aprovou a toque de caixa, como a reforma do imposto de renda e as mudanças no Código Eleitoral.
Bolsonaro também não conseguiu viabilizar a sabatina de André Mendonça para o STF. Mendonça foi indicado para o posto no dia 13 de julho, mas o senador Davi Alcolumbre, que preside a Comissão de Constituição e Justiça do Senado, reluta em pautar a sabatina.