O desconforto com um traço em particular do aliado de Ometto na Vale
Ligação de Luís Henrique Guimarães com quadros do governo Bolsonaro tem dificultado articulação na Vale
atualizado
Compartilhar notícia
Representante da Cosan no conselho da Vale, Luís Henrique Guimarães tem um traço em particular que é visto como um dos principais empecilhos para ele se articular na mineradora neste governo. Guimarães é visto como excessivamente próximo de bolsonaristas.
No entorno de Rubens Ometto, dono da Cosan, atribui-se particularmente a Guimarães a ida de um egresso do governo Jair Bolsonaro para a Cosan, da qual ele foi CEO de 2020 e a 2023: Daniella Marques, presidente da Caixa Econômica Federal sob Bolsonaro e pupila do ex-ministro Paulo Guedes, e Rodrigo Araújo, ex-diretor financeiro da Petrobras.
Um crítico de Guimarães na órbita de Rubens Ometto brincou que as preferências de Guimarães contrastam com o absoluto pragmatismo político do empresário. Campeão de doações eleitorais em 2018, 2020 e 2022, o bilionário costuma distribuir dinheiro a candidatos e partidos de direita, esquerda e centro.
(Atualização, às 17h05 de 4 de março de 2024: A Cosan enviou nota em que diz que Daniella Marques não faz parte dos quadros de funcionários da companhia, apesar de manter contrato de prestação de serviços como membro independente do Comitê de Sustentabilidade e Estratégia da empresa. “Já O CFO Rodrigo Araújo foi, anteriormente, concursado da Petrobras, empresa na qual trabalhou por 16 anos”, afirmou a Cosan).