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O caminho da defesa dos Brazão para anular delação de Ronnie Lessa

A defesa dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e do delegado Rivaldo Barbosa vêm insistindo em um caminho para anular a delação de Lessa

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Foto colorida do ex-policial militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa acusado de participar dos assassinatos de Marielle e Anderson - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do ex-policial militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa acusado de participar dos assassinatos de Marielle e Anderson - Metrópoles - Foto: Reprodução

A defesa dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e do delegado Rivaldo Barbosa vem insistindo no caminho de investigação sobre a suposta relação do ex-vereador Cristiano Girão com o assassinato de Marielle Franco. Os advogados acreditam que a hipótese abre margem para a anulação da delação de Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco.

O ex-vereador Cristiano Girão foi indiciado na CPI das Milícias da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e foi preso, em 2009, por chefiar a milícia da Gardênia Azul, bairro na Zona Oeste carioca. Em 2014, ainda preso, Girão foi condenado pelo crime de lavagem de dinheiro, mas recebeu liberdade condicional em 2017. Em 2021, o ex-vereador foi preso novamente, em São Paulo, pelo assassinato de um rival político.

O nome de Girão apareceu diversas vezes durante as investigações do assassinato de Marielle Franco. O que fez os advogados questionarem nas últimas semanas, durante as audiências com as testemunhas do caso, o que fez Girão ser descartado como um dos supostos mandantes do assassinato.

Ronnie Lessa responde pelo assassinato de um rival de Girão, o ex-policial André Henrique da Silva Souza, o Zóio, a mando do ex-vereador. O assassino confesso de Marielle Franco é acusado de matar Zóio a mando de Girão. Para os advogados dos irmãos Brazão e de Rivaldo, a ligação dos dois no crime e a “criação de álibis” do ex-vereador durante a noite da morte de Marielle comprovariam que Girão não poderia ter sido descartado como mandante.

Em seu depoimento como testemunha, o delegado Daniel Rosa, que também passou pela investigação do caso Marielle, disse ver mais motivos para Girão ter sido o mandante do crime do que os irmãos Brazão.

Os advogados acreditam que a prisão de Girão na CPI das Milícias da Alerj — que foi comandada por Marcelo Freixo — seria o grande motivo para a morte da vereadora em 2018. Marielle era braço direito de Freixo e, como apontam as investigações, os mandantes do assassinato pensaram em matar Freixo antes de Marielle.

Caso o STF entenda, baseado no depoimento das testemunhas, que existem lacunas na delação de Ronnie Lessa, pode anular a delação, o que levaria à soltura dos irmãos Brazão e de Rivaldo Barbosa e o recomeço das investigações. Até agora, não existe qualquer indício de que a corte irá seguir por esse caminho.

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metropoles.comGuilherme Amado

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