A indicação do bolsonarista Nikolas Ferreira para presidir a Comissão de Educação levou a um acordo informal entre o PSol e o PL.

Tarcísio Motta, do PSol do Rio de Janeiro, ouvia uma conversa de Domingos Sávio, do PL de Minas Gerais, com a imprensa sobre a indicação de Nikolas. Motta e Sávio, então, iniciaram um acalorado debate sobre o comprometimento de Nikolas com os objetivos da comissão.

Coube a Sóstenes Cavalcante, do PL do Rio de Janeiro, colocar panos quentes e garantir a Motta que Nikolas manterá canais de diálogo abertos com a esquerda e distribuirá as relatorias de projetos sem priorizar questões ideológicas.

Motta perguntou a Cavalcante se ele dava a palavra sobre o assunto. O bolsonarista assentiu e assegurou que Nikolas terá a atenção chamada se não seguir o combinado.

Tudo terminou em piada e com risadas de ambas as partes. Cavalcante disse a Motta que o psolista e Nikolas ainda seriam amigos. “Tudo tem limite”, rebateu Motta, antes de se despedir do colega.

(Atualização às 19h08 do dia 6 de março de 2024 – Após a publicação da nota, o deputado Tarcísio Motta procurou a coluna para dizer que “a lógica não é de acordo” com o PL. “Eu arranquei um compromisso. Vamos passar o ano inteiro para que eles cumpram com a palavra deles”, afirmou.)