Nunes Marques liberou culto, mas vê risco em audiência de presos
Ministro afirma que audiências presenciais colocariam em risco a vida dos participantes, mas autorizou reuniões religiosas em abril
atualizado
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O mesmo Nunes Marques que se posicionou nesta terça-feira (29/06) contra a realização de audiências presenciais de custódia liberou cultos religiosos em abril, sem ver risco para a proliferação do coronavírus.
Na decisão de ontem, o ministro do STF autorizou, de forma liminar, audiências virtuais sob o argumento de que reuniões presenciais colocariam em risco a vida dos participantes.
Mas em abril, quando o Brasil chegou a registrar 4 mil mortes diárias, Nunes Marques defendeu que as pessoas poderiam se reunir presencialmente em encontros religiosos.
Na ocasião, o ministro afirmou que estados e municípios não poderiam publicar normas de proibição completa a celebrações religiosas presenciais para combater a pandemia.
“Como negar-lhes a prática de sua fé? Como negar-lhes o direito fundamental de professar sua religião publicamente com a observâncias as limitações sanitárias?”, disse o ministro em abril.
Posteriormente, após ser derrotado pelo plenário do STF, o ministro voltou atrás e reconsiderou seu posicionamento de autorizar cultos durante a pandemia.