Com Ricardo Nunes em alta nas pesquisas, aliados do prefeito de São Paulo e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, têm avaliado nos bastidores que o contraste entre as participações de Tarcísio e Jair Bolsonaro na eleição paulistana pode alavancar um processo ganho de autonomia do governador em relação ao ex-presidente — caso, é claro, Nunes seja vitorioso.

Esse entendimento leva em conta que uma vitória de Nunes com o grau de empenho que Tarcísio tem mostrado, em contraponto à distância de Bolsonaro, seria a primeira grande assinatura do governador paulista em um teste de absoluta importância e tendo como adversário o lulismo de Guilherme Boulos (PSol).

Uma demonstração de força do capital político de Tarcísio de Freitas na capital, conforme essa avaliação, seria o primeiro grande passo dele com as próprias pernas, depois de ter sido eleito como candidato tirado da cartola por Jair Bolsonaro em 2022.

O Datafolha mostrou que cresceu em setembro o número de eleitores de Tarcísio e de Bolsonaro que pretendem votar em Ricardo Nunes. Neste mês, o governador gravou programas de TV para o prefeito e classificou o principal adversário dele à direita, o ex-coach Pablo Marçal, como “porta de entrada” para Guilherme Boulos ser eleito prefeito da cidade.

Em 5 de setembro, os eleitores de Bolsonaro que responderam votar em Nunes eram 31%; na quinta-feira (19/9), o número foi a 40%. Entre os eleitores de Tarcísio, no mesmo intervalo de tempo, os que pretendem votar no emedebista cresceram de 30% para 43%.

Com Bolsonaro inelegível até 2030, Tarcísio tem sido cotado para uma disputa ao Palácio do Planalto em 2026.

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