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Número de violações contra mulheres quase dobra no Carnaval de SP

Número de violações contra mulheres registradas no Carnaval da cidade de São Paulo saltou de 637, em 2023, para 1.203 neste ano

atualizado

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Fábio Vieira/ Metrópoles
Imagem aérea de bloco de rua no Ibirapuera em 2023
1 de 1 Imagem aérea de bloco de rua no Ibirapuera em 2023 - Foto: Fábio Vieira/ Metrópoles

Os números de denúncias de violência contra mulheres registradas no Carnaval da cidade de São Paulo quase dobraram na comparação deste ano com 2023. Os casos foram reportados por meio do Ligue 180 e constam do banco disponibilizado pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.

A coluna tomou como base o período entre 8 e 15 de fevereiro. Foram recebidas 216 denúncias por episódios de violência contra mulher, sendo que 1.203 violações foram geradas a partir dos relatos. É comum que uma denúncia apresente mais de uma violação de direitos.

Desse conjunto de denúncias, 195 trataram de violências psíquicas, 148 falavam sobre violências físicas e 14 abordavam violências sexuais. Entre as violações foram computadas 645 psíquicas, 327 físicas e 27 sexuais. A maior incidência de crimes cometidos no período foi na casa das vítimas.

Os casos reportados incluem 84 denúncias de agressão ou vias de fato, 40 de lesão corporal, quatro de abuso sexual físico, quatro de estupro e três de exploração sexual.

A comparação com o Carnaval anterior tomou como base os casos registrados entre 16 e 23 de fevereiro de 2023. Na ocasião, a cidade de São Paulo teve 134 denúncias, que geraram 637 violações.

O banco de dados aponta que 118 denúncias tratavam de casos psíquicos, 87 abordavam violências físicas e 12 relatavam violências sexuais. Entre as violações estão 357 psíquicas, 176 físicas e 18 sexuais. Assim como em 2024, o maior número de casos foi registrado na casa onde reside a vítima.

As denúncias reportadas mostram 55 casos de agressão ou vias de fato, 26 de lesão corporal, oito de estupro, quatro de abuso sexual físico e um de exploração sexual.

Os números em questão não indicam que necessariamente houve o cometimento dos crimes. Os casos são encaminhados para que as autoridades competentes façam as investigações que resultarão (ou não) em processos criminais.

A coluna questionou o Ministério das Mulheres sobre o aumento de casos registrados no Carnaval de São Paulo. A pasta informou que tem investido na divulgação do Ligue 180 e que promoveu capacitações constantes das atendentes da central. “Tudo isso resulta no aumento da procura do canal para pedidos de informações e orientações ou apresentação de denúncias”, declarou o ministério.

A Prefeitura de São Paulo também foi procurada para comentar o assunto, mas não retornou o contato da coluna até a publicação da reportagem. O espaço continuará aberto para eventuais manifestações.

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