metropoles.com

Novo secretário de Lewandowski atacou proposta de ministro do governo

Proposta criticada por Mário Sarrubbo por enfraquecer o Ministério Público foi apresentada pelo atual ministro do Desenvolvimento Agrário

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Governo do Estado de São Paulo
Mario Sarrubbo, homem branco e grisalho, de barba grisalha, usando gravata vermelha, camisa branca e paletó preto
1 de 1 Mario Sarrubbo, homem branco e grisalho, de barba grisalha, usando gravata vermelha, camisa branca e paletó preto - Foto: Governo do Estado de São Paulo

O novo secretário de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Mário Sarrubbo, já atacou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) liderada por dois atuais ministros do governo Lula. Em 2021, o então procurador-geral de Justiça de São Paulo disse que o projeto traria “grave retrocesso ao Ministério Público brasileiro”.

O projeto em questão foi apresentado em 2021 pelo deputado Paulo Teixeira, do PT de São Paulo, atual ministro do Desenvolvimento Agrário. O texto fazia duras alterações na composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP): previa aumentar de dois para cinco o número de indicados pelo Congresso ao colegiado, além de deixar aos parlamentares a escolha do corregedor. Para Teixeira, havia “certa sensação de corporativismo e impunidade” no órgão.

Um outro ministro do governo Lula foi o relator da PEC na Comissão de Constituição e Justiça, a principal da Câmara. Silvio Costa Filho, do Republicanos de Pernambuco, atual ministro dos Portos e Aeroportos, deu um parecer favorável ao projeto. A proposta acabou derrubada pelo plenário da Câmara no fim de 2021, em uma derrota do PT, que votou em peso a favor do projeto, e de Arthur Lira, presidente da Casa.

Nessa época, Mário Sarrubbo já chefiava o Ministério Público (MP) de São Paulo. Em linha com representantes do MP em todo o país, Sarrubbo atacou a PEC. Horas antes de o texto ir a plenário, Sarrubbo enviou uma carta a todos os deputados federais de São Paulo em que pedia a rejeição ao projeto.

“O texto representa grave retrocesso para o Ministério Público brasileiro. O projeto permanece com graves distorções, […] representando grave e desproporcional violação à independência do MP e à autonomia funcional de seus membros”. Em um artigo na Folha de S. Paulo naquela semana, Sarrubbo e dois colegas escreveram que a PEC “ignora a vocação do Ministério Público!”, e concluíram: “Sua aprovação equivale a uma tentativa de deixar o céu por ser escuro e ir ao inferno à procura de luz, como adverte o cancioneiro popular”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comGuilherme Amado

Você quer ficar por dentro da coluna Guilherme Amado e receber notificações em tempo real?