Novo presidente do TSE, Fachin estuda ataques russos às eleições
Edson Fachin comanda o TSE até agosto, quando será sucedido por Alexandre de Moraes
atualizado
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O novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, está estudando os ciberataques russos em eleições pelo mundo. O país que recebe Jair Bolsonaro nesta semana tem tentado influenciar eleições ao redor do mundo usando usando um arsenal digital. As tentativas, em alguns casos bem-sucedidas, já foram comprovadas em alguns países.
Fachin citou expressamente a Rússia em uma reunião nesta quarta-feira com o atual presidente, Luís Roberto Barroso, e Alexandre de Moraes, que presidirá o tribunal nas eleições. “Há risco de ataques de diversas formas e origens. Tem sido dito e publicado que Rússia é um exemplo dessas procedências”, afirmou.
A fala inclusive foi distorcida por Jair Bolsonaro em mais uma de suas tentativas de desacreditar as urnas eletrônicas. De acordo com o presidente, a fala de Fachin seria uma admissão de que o TSE não saberia lidar com ataques hackers, o que é falso porque até hoje nenhuma tentativa hacker teve sucesso.
Entre o material de estudo de Fachin está o relatório produzido nos Estados Unidos sobre a ajuda russa à campanha de Donald Trump, figura inspiradora para Bolsonaro.
Mas não foi só o país norte-americano que foi vítima de ataques russos no passado recente. O mesmo aconteceu nas eleições alemãs e no referendo do Brexit, no Reino Unido, por exemplo.