Novo imortal da ABL mudou de postura sobre vacina
José Paulo Cavalcanti disse que não iria se vacinar em outubro do ano passado, mas mudou de ideia e tomou três doses desde então
atualizado
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O mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), o jurista José Paulo Cavalcanti, mudou de postura quanto à vacina contra a Covid-19 durante este ano. Em outubro de 2020, ele declarou em um artigo que não tomaria o imunizante. Desde então, ele tomou três doses e disse à coluna que tomaria uma quarta caso necessário.
No artigo publicado em 30 de outubro no site da Veja, ele declarou que não tomaria a vacina. Como justificativa, ele aponta já ter tido a doença — o que médicos e cientistas afirmam não ser razão para não se vacinar.
“As opiniões são dadas em tempos históricos determinados. Basta ver as posições de Drauzio Varela e Roberto Kalil. Quando escrevi, ainda não era certo que as vacinas seriam cientificamente seguras. Hoje, tudo mudou. Não há dúvidas de que todos devemos tomar as vacinas”, explicou.
O artigo de Cavalcanti discutia a obrigatoriedade ou não de se tomar a vacina. Ele era contra a obrigatoriedade e questionavaa competência do STF em decidir sobre a questão.
O jurista foi eleito nessa quinta-feira (25/11) para a cadeira na ABL que era ocupada por Marco Maciel. Ele foi ministro da Justiça interino durante o governo de José Sarney. Além disso, presidiu o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Ele publicou o livro “Fernando Pessoa — uma quase autobiografia” e ocupa uma cadeira na Academia Pernambucana de Letras.