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No Planalto, Joesley deixa de lado acusações a Lula e ao PT

Joesley, que participou de reunião no Planalto nessa segunda-feira, dizia que Lula e PT “institucionalizaram a corrupção”

atualizado

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Ricardo Stuckert/PR
Joesley Batista em reunião com Lula
1 de 1 Joesley Batista em reunião com Lula - Foto: Ricardo Stuckert/PR

De volta ao conselho da JBS há um mês e um dos donos do poderoso grupo J&F, o empresário Joesley Batista esteve em uma comitiva de empresários do setor de carnes recebida por Lula nessa segunda-feira (28/5) no Palácio do Planalto. O encontro foi para tratar de doações de proteína animal a cestas básicas destinadas aos atingidos pela tragédia das tempestades e inundações no Rio Grande do Sul.

Visto assim ao lado de Lula, como já havia ocorrido quando o petista visitou uma fábrica da JBS no Mato Grosso do Sul, em abril, em jantares e até na viagem de Lula à China, nem parece que, poucos anos atrás, Joesley dizia o que dizia sobre o presidente e o PT.

Embora a J&F alegue agora que foi alvo de coação do Ministério Público Federal ao fechar seu acordo de leniência, Joesley Batista também fazia as acusações em entrevistas, como a que deu ao jornalista Diego Escosteguy, na revista Época, em junho de 2017. Naquela ocasião, disse o empresário:

– “O Lula e o PT institucionalizaram a corrupção. Houve essa criação de núcleos, com divisão de tarefas entre os integrantes, em estados, ministérios, fundos de pensão, bancos, BNDES. O resultado é que hoje o Estado brasileiro está dominado por organizações criminosas. O modelo do PT foi reproduzido por outros partidos”.

– “[Guido Mantega] Resolvia. Então pronto. Para que ter outro? Não estou protegendo ninguém, mas só posso falar do que fiz e do que posso provar. Não estou entregando pessoas. Entreguei provas aos procuradores. E o PT tinha o maior saldo de propina. O que posso fazer se a interlocução era com o Guido?”.

– “Na maioria dos casos, virou uma obrigação [fazer pagamentos ilícitos]. O governante falava: te dei aquele incentivo. Olhe o caso do Guido, do PT: ‘O BNDES comprou ações e investiu na sua empresa. Como você não vai me dar dinheiro?’”.

– “[O montante de propina] Foi se avolumando com a propina no BNDES. Gerou esse crédito de R$ 300 milhões que o PT gastou para comprar a eleição de 2014”.

– “[Começou a pagar propina] No governo do PT. Quem inaugurou esse sistema foi o governo do PT. A primeira vez que fui abordado com essa forma de operar foi em Mato Grosso do Sul, no governo do Zeca do PT”.

 

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