A escritora Nélida Piñon, primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras (ABL), doou seu acervo pessoal ao Instituto Cervantes do Rio de Janeiro. As cerca de 7 mil obras serão abertas ao público a partir do próximo dia 20.

A maior parte dos livros doados por Piñon tem dedicatórias assinadas por colegas de profissão, a exemplo de Carlos Drummond de Andrade (veja foto abaixo), Clarice Lispector, José Saramago e Gabriel García Márquez. O material também inclui obras que receberam anotações de Piñon.

No acervo, há obras das mais diversas áreas do saber: religião, Idade Média, Machado de Assis e balé, entre outras. A biblioteca particular herdada da lexicógrafa Elza Tavares, que participou da elaboração do Dicionário Aurélio, é mais um dos tesouros que ficará aberto ao público.

Premiada dentro e fora do Brasil, Nélida Piñon tem obras traduzidas em mais de 30 idiomas. Desde 1989, ocupa uma cadeira na ABL. Com Vozes do Deserto, a escritora venceu o Prêmio Jabuti, em 2005, nas categorias Melhor Romance e Livro do Ano.

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