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“Não tenho medo de servidor”, diz presidente do INSS após ocupação

Em entrevista à coluna, Alessandro Stefanutto comentou ocupação da presidência do INSS por servidores; “Greve terminou”, disse Stefanutto

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Martha Imenes/INSS
PRESIDENTE DO INSS ALESSANDRO STEFANUTTO - METRÓPOLES
1 de 1 PRESIDENTE DO INSS ALESSANDRO STEFANUTTO - METRÓPOLES - Foto: Martha Imenes/INSS

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, afirmou que não tem medo de servidores e que o órgão já retomou a produtividade após a greve. Em entrevista à coluna na quarta-feira (5/9), Stefanutto comentou o protesto de funcionários em seu gabinete.

Stefanutto afirmou que não há mais greve no INSS, depois de um acordo assinado na semana passada com uma parte da categoria. “Briga política”, segundo o presidente do instituto.

Na quarta-feira (4/9), um grupo de servidores ocupou gabinetes do corredor da presidência do INSS e levou marmitas ao local. Eles, inclusive, passaram a noite por lá. Para esses funcionários, a greve e a ocupação continuam.

Leia os principais trechos da entrevista:

Como está o trabalho com a ocupação?

Agora mesmo [quarta-feira à noite] estou ouvindo a música “Índia” de uma caixa de som que colocaram no gabinete ao lado. São colegas, né? É um momento de tensão, mas a relação é respeitosa. Demos cadeiras para que não ficassem sentados no chão, servimos café e água. O que eu puder tratar bem eu vou tratar. Me surpreenderam porque não vou colocar segurança no gabinete, não tenho medo de servidor. Tenho vontade de ouvi-los. Estou trabalhando normal.

Um grupo não reconhece o acordo assinado para terminar a greve. 

Hoje avisamos que o servidor com ausência injustificada levaria falta. Não tem mais o código de greve. A greve acabou, juridicamente. Vira uma coisa um pouco kafkiana, né? Assino o acordo de greve, uma entidade não concorda porque há uma briga política entre as associações, e aí quer criar uma situação. Se não assinássemos esse acordo na semana passada, perderíamos o prazo para enviar ao Congresso a peça orçamentária. Iria se repetir algo que aconteceu em 2017, quando a categoria toda perdeu 10% de reajuste do salário. Eu vivi esse trauma, eu era procurador no INSS. Hoje a produtividade voltou ao normal. Não temos mais uma greve. O que temos é uma entidade que está disputando algum ganho.

O que o senhor tem feito para diminuir a fila de atendimento no INSS?

No começo do governo Lula, a fila era de mais de 2 milhões de pessoas. Até antes da greve [dois meses atrás], derrubamos a fila para 1,2 milhão. Nosso fluxo mensal é de 1 milhão de processos. Então, estou quase zerando no próprio mês. Fechamos julho com o tempo médio de concessão de 34 dias. Nunca foi tão curto. Hoje, um brasileiro que quebra o pé jogando bola no domingo vai ao médico, pega atestado e em até 15 dias recebe o benefício do INSS. Não era assim. Antes, demorava sete ou oito meses.

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