Mulheres ocupam apenas 20% dos cargos de desembargadores do país
Na primeira instância, mulheres ocupam cerca de um terço dos cargos de juízes, aponta pesquisa
atualizado
Compartilhar notícia
As mulheres são apenas 19,85% dos desembargadores do país. O diagnóstico está na pesquisa “Participação Feminina na Magistratura Federal” da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) Mulheres divulgada nesta terça-feira (8/3), Dia Internacional da Mulher. As juízas, que analisam casos da primeira instância, representam 32,05% de todas as vagas.
Por região da Justiça Federal, a situação mais crítica é na 5ª, composta por Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Lá, não há mulheres desembargadoras, e apenas 24,53% dos juízes são mulheres.
A melhor situação para as desembargadoras é na 4ª região (PR, RS e SC), onde 26,92% dos desembargadores são mulheres. Já para juízes de primeira instância, a liderança é na 2ª região (ES e RJ), com 39,85% dos juízes sendo do sexo feminino.
Para a coordenadora da Ajufe Mulheres, a juíza Camila Monteiro Pullin, a realização da pesquisa é o primeiro passo para a criação de políticas públicas para combater essa baixa representatividade. “Uma base de dados mais sólida é necessária para pensar em políticas públicas. Não temos uma base de dados oficiais para saber em tempo real quem somos”, disse.
No caso de desembargadores, onde a escolha é feita a partir de eleições e listas tríplices, um caminho seria a mentoria de possíveis candidatas, disse a juíza Clara da Mota Alvez, que integra a Ajufe Mulheres.