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O fim da coluna no Metrópoles

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Chega ao fim, neste sábado, esta coluna no Metrópoles. Caramba, passou rápido! Fizemos barulho nesse tempo. Trouxe a coluna para cá acreditando no sucesso do modelo digital. Era maio de 2021, e o que pedi foi plena liberdade para que minha equipe e eu seguíssemos o trabalho de fiscalização do governo Bolsonaro e dos poderosos em geral, sem descuidar de informações exclusivas sobre negócios, cultura, esporte e a sociedade em geral. Deu certo. Foi bonita a festa, pá.

Eduardo Barretto, meu braço direito e esquerdo, foi um subeditor leal e talentoso nesses seis anos de coluna, entre Grupo Globo e Metrópoles. Com a gente, um time aguerrido de repórteres — Naomi Matsui, Bruna Lima, João Pedroso de Campos, Edoardo Ghirotto, Lucas Marchesini, Natália Portinari, Paulo Cappelli e Athos Moura — brilhou com muitas reportagens, entrevistas, análises e o bom e velho furo, espinha dorsal do jornalismo de notícias, seja o investigativo, seja o de leitura rápida. Sem vocês, meus amigos, não teria sido tão divertido.

Agradeço ao Metrópoles pelo espaço e pela confiança, nas pessoas da CEO, Lilian Tahan, da diretora de redação, Priscilla Borges, e dos editores-executivos Otto Valle e Márcia Delgado. Tenho certeza de que será um veículo que irá cada vez mais longe, com o talentoso time que trabalha aqui. Mas, fundamentalmente, esta mensagem é para agradecer a você, leitor e leitora.

Esta coluna tem como cerne, há seis anos, trazer a melhor informação: a mais detalhada, mais precisa, mais saborosa, em qualquer uma das áreas em que nos arriscamos — das colaborações transnacionais investigativas, como o Pandora Papers e o Mundo da Dor, ao comentário que tenta arrancar um sorriso em épocas tão cinzentas da vida nacional. Da investigação sobre os empresários que falavam em um golpe de direita no WhatsApp às denúncias de assédio que levaram Lula a demitir de seu governo um ícone da esquerda nacional. Das revelações de um antigo empregado de Bolsonaro às dores de atrizes que até então nunca haviam falado sobre o assédio que afirmam ter sofrido. Nossas reportagens expuseram injustiças, evitaram crimes, resultaram em inquéritos, revelaram transações na Faria Lima e negociatas nem tão republicanas nos subterrâneos do poder. Bastidores do esporte e da sociedade em geral que fazem diferença para entender um assunto em sua complexidade. Seguindo esse espírito, com o objetivo de ajudar a todos nós a entendermos melhor esses tempos bicudos em que vivemos, contamos o que de melhor chegava às prateleiras, telas e palcos do país, com reportagens e entrevistas com cantores, escritores, historiadores, sociólogos e filósofos, brasileiros ou estrangeiros.

Tudo isso, todos os dias, foi feito pensando em você. Se os fatos são meu patrão, a quem sempre deverei obediência, o leitor é a razão do meu ofício como repórter e, tenho certeza, também da minha equipe. Seguiremos juntos. Em breve conto as novidades. Porque mistério sempre há de pintar por aí, né, não, Gil?

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metropoles.comGuilherme Amado

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