MPT recomenda que presidente da Caixa não peça mais flexões
Pedro Guimarães foi notificado pelo MPT por ter constrangido funcionários do banco a fazer flexões em cima de um palco
atualizado
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O Ministério Público do Trabalho (MPT) notificou nesta quinta-feira (16/12) o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, por ter constrangido diretores e vice-presidentes do banco ao pedir para que fizessem flexões em cima de um palco durante evento institucional da estatal. O MPT recomendou que Guimarães não repita a conduta ou “outras situações de constrangimento”.
Caso contrário, prossegue a peça, o MPT abrirá uma investigação sobre o assunto, além da adoção de “medidas administrativas e/ou judiciais cabíveis para correção da conduta”. “O assédio moral é uma violência psicológica, tendo o condão de produzir graves consequências à saúde mental dos trabalhadores”, seguiu o documento, assinado pelo procurador Paulo Neto.
A notificação aconteceu depois que a coluna divulgou um vídeo com o episódio, nesta quarta-feira (15/12). As cenas aconteceram durante o Nação Caixa, evento do banco em Atibaia (SP) para discutir as metas e os resultados da instituição financeira.
O coronel da reserva do Exército e assessor do GSI Adriano de Souza Azevedo deu uma palestra durante o evento. Ele falou sobre o tempo que passou no Haiti, quando ficou soterrado em um hotel após um terremoto. O tema da sua palestra era a importância de valores para as instituições.
O MPT não é o primeiro a atuar depois que o caso veio à tona. A Fenae, que reúne os sindicatos de funcionários da Caixa de todo o Brasil, pediu explicações a Pedro Guimarães sobre o ocorrido.