MPSP discorda da Polícia Civil e mantém inquérito sobre Prevent Senior
Polícia Civil de São Paulo disse que Prevent Senior não cometeu atos ilícitos na pandemia, mas Ministério Público decide manter investigação
atualizado
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A força-tarefa do Ministério Público de São Paulo que investiga a atuação da Prevent Senior durante a pandemia de Covid-19 aguarda a produção de laudos médicos para dar sequência aos trabalhos. Ao contrário da Polícia Civil, o MPSP avalia que ainda há o que ser investigado sobre o tema.
Em abril, a polícia informou não ter encontrado atos ilícitos na conduta da empresa. O MPSP declarou que a decisão não afeta as investigações e manteve a força-tarefa em atividade.
Os promotores decidiram focar na conduta individual dos médicos da Prevent Senior e aguardam laudos que foram encomendados ao Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc). Os relatórios que indicarem erros dos profissionais serão complementados com análises do Instituto Médico Legal (IML).
A investigação da força-tarefa teve início após a instauração do inquérito da Polícia Civil. Ficou estabelecido que os policiais iriam colher os depoimentos dos médicos, enquanto os promotores focariam nos familiares das vítimas.
Todos os depoimentos dos médicos à Polícia Civil foram acompanhados por integrantes da força-tarefa. O inquérito policial está apensado à investigação do MPSP, que enviou uma manifestação ao juiz dizendo que só se pronunciará após a conclusão dos trabalhos da força-tarefa.
Os promotores esperavam que os laudos médicos seriam entregues até março, mas o prazo não foi cumprido. Duas reuniões foram marcadas para os próximos dias, a fim de estabelecer uma nova data para concluir essa etapa.
As explicações sobre a atuação da força-tarefa foram passadas na sexta-feira (6/5) para os senadores que integraram o G7, como ficou conhecido o grupo majoritário da CPI da Pandemia.