MPRJ espera STF para avançar em inquérito de rachadinha de Carluxo
Ministério Público do Rio de Janeiro aguarda o entendimento do Supremo sobre o crime de peculato
atualizado
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O procurador Alexandre Graça, do Ministério Público do Rio de Janeiro, quer esperar uma decisão do STF para decidir o possível enquadramento de Carlos Bolsonaro no caso que investiga suposta prática de peculato pelo vereador, por meio da devolução de salários de servidores, em seu gabinete na Câmara do Rio de Janeiro.
O STF ainda vai definir se a devolução de dinheiro por assessores parlamentares é de fato crime. O caso que definirá se a prática é crime de peculato ou corrupção, uma ação penal contra o deputado Silas Câmara, do Republicanos do Amazonas, está empacado no Supremo e não tem data para ser julgado.
O resultado do julgamento valerá apenas para o caso concreto do parlamentar, mas será um parâmetro para a Justiça analisar casos semelhantes.
Graça não teria obrigatoriamente que esperar isso para, diante de provas, decidir o que fazer.
O MPRJ recebeu nesta terça-feira (3/5) dados fiscais e bancários de Carlos e mais 26 assessores que passaram pelo seu gabinete desde 2001. As investigações têm a missão de descobrir como o dinheiro supostamente devolvido foi usado.
Caso o dinheiro tenha sido devolvido para financiar campanhas de Carlos, por exemplo, o crime pode ir para a Justiça Eleitoral. Contudo, caso o retorno tenha sido para enriquecimento do vereador, e o STF definir que a prática configura crime de peculato, Carlos pode ser denunciado na Justiça normal, como, por exemplo, foi seu irmão, Flávio Bolsonaro.