MPRJ apura se ocupação de favelas foi parte de esquema de corrupção
A suspeita do MPRJ é que programas sociais do Cidade Integrada tenham sido usados para empregar funcionários fantasmas da Fundação Ceperj
atualizado
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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) investiga se o programa de ocupação de favelas Cidade Integrada, lançado no início de 2022 pelo governador Cláudio Castro, foi usado no esquema de corrupção e desvio de dinheiro da Fundação Ceperj.
A suspeita é que programas sociais do Cidade Integrada tenham sido usados para empregar funcionários fantasmas da Fundação Ceperj, que já é alvo do MP de uma apuração, de caráter criminal. O órgão criou 27 mil cargos cujos salários eram pagos em dinheiro vivo, em uma “folha de pagamento secreta”. O governador foi denunciado pelo MP Eleitoral por abuso de poder econômico nesse caso.
No mês passado, o MPRJ pediu que o governo do Rio de Janeiro detalhasse a fonte de verbas para executar o Cidade Integrada, além da participação da Ceperj no programa.
O órgão solicitou ainda que o governo informasse os nomes dos servidores contratados para os projetos sociais do programa de ocupação de favelas; as tarefas que cumpriram; horários de trabalho; e salários.
Lançado há um ano, o Cidade Integrada planeja ocupar seis favelas cariocas. Além de Jacarezinho, que já foi ocupado, estão na lista: Muzema, Cesarão, Maré, Rio das Pedras e Cantagalo. O projeto promete levar, além das forças de segurança do estado, iniciativas sociais para dentro de comunidades.