MPF tem três inquéritos contra Prevent Senior na pandemia
As investigações estão em estágio inicial e apuram se o plano de saúde fez pesquisa ilegal e atentou contra o direito do consumidor
atualizado
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O Ministério Público Federal em São Paulo soma três investigações contra a atuação do Prevent Senior na pandemia de Covid-19. Além do inquérito aberto em dezembro de 2020 para apurar o estudo ilegal que a empresa conduziu sobre a hidroxicloroquina, os outros dois apuram possíveis infrações cometidas contra o direito do consumidor.
Uma das investigações teve início com as notícias sobre a ausência de comunicação por parte das equipes médicas da rede Prevent Senior a respeito dos casos de contaminação por Covid-19 em hospitais atendidos pelo plano de saúde, o que fere a legislação de combate à infecção de doenças contagiosas.
Em outro inquérito, o MPF investiga se houve falta de cuidados para conter a contaminação de conveniados do Prevent Senior. A apuração ocorre amparada nas informações de que os hospitais da rede concentraram mais de 70% das mortes por Covid-19 no estado de São Paulo, sem que fosse verificada atuação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Os dois inquéritos estão em fase inicial de instrução, sendo que o MPF ainda aguarda respostas para os ofícios que foram encaminhados aos envolvidos. Todas as diligências estão sob sigilo.
Caso o MPF julgue necessário, as investigações voltadas para o direito do consumidor poderão ser unificadas com o processo que trata da pesquisa ilegal em pacientes da rede. As revelações feitas pela CPI da Pandemia de que houve ocultação de óbitos e alterações nos prontuários de pacientes mortos devem mudar o foco de atuação dos procuradores nos casos.