metropoles.com

MPCE denuncia Ciro Gomes por violência política de gênero

Ciro Gomes deu declarações machistas e misóginas contra a senadora Janaína Farias, que assumiu mandato como suplente de Camilo Santana

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles; Jefferson Rudy/Agência Senado
O ex-ministro Ciro Gomes e a senadora Janaína Farias, do PT - Metrópoles
1 de 1 O ex-ministro Ciro Gomes e a senadora Janaína Farias, do PT - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles; Jefferson Rudy/Agência Senado

O ex-ministro Ciro Gomes responderá na Justiça pelas declarações ofensivas contra a senadora Janaína Farias, que assumiu o mandato no Senado como suplente do ministro da Educação, Camilo Santana.

O Ministério Público Eleitoral do Ceará denunciou Ciro à Justiça Eleitoral por violência política de gênero. A acusação, feita em 3 de maio, foi noticiada pelo jornalista Carlos Mazza.

A promotora eleitoral Sandra Viana Pinheiro, da 114ª Zona Eleitoral de Fortaleza, denunciou Ciro com base em três ocasiões em que ele ofendeu a senadora.

Ao afirmar e reafirmar que a senadora não tem preparo para assumir o mandato, ex-ministro se referiu a ela como “assessora para assuntos de cama do Camilo Santana”, “assessora de alcova”, “pessoa que organizava as farras do Camilo Santana” e “cortesã”.

Conforme a denúncia assinada pela promotora, “percebe-se, sem sombra de dúvidas, que o denunciado dolosamente almejou constranger e humilhar a senadora da República Janaína Carla Farias, menosprezando-a por sua condição de mulher, com o indiscutível propósito de dificultar o desempenho de seu mandato junto ao Senado Federal, resultando em agressões à vítima, com ofensas sexistas e misóginas”.

Em 12 de abril, uma representação contra Ciro foi enviada à Procuradoria Regional Eleitoral do Ceará pelo Grupo de Trabalho de Violência Política de Gênero da Procuradoria-Geral Eleitoral, vinculada à Procuradoria-Geral da República. Em 16 de abril, o procurador regional eleitoral, Samuel Miranda Arruda, declinou da competência para o MP eleitoral estadual, ao qual coube denunciar Ciro Gomes.

O delito pelo qual o pedetista foi acusado consiste em “assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo, utilizando-se de menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de impedir ou de dificultar a sua campanha eleitoral ou o desempenho de seu mandato eletivo”.

A pena para este tipo de crime é de 1 a 4 anos, além de multa. O MP não ofereceu a Ciro a possibilidade de acordo de não persecução penal, por entender que, em crimes praticados contra a mulher em razão do gênero, essa solução não é cabível.

 

Já segue a coluna no Instagram? E no Twitter?

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comGuilherme Amado

Você quer ficar por dentro da coluna Guilherme Amado e receber notificações em tempo real?