MP pede ao TCU apuração de repasse de recursos para acervo da Record
Representação afirma que governo Bolsonaro usa recursos públicos para favorecer emissora do bispo Edir Macedo, um de seus principais aliados
atualizado
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O Ministério Público pediu ao Tribunal de Contas da União a apuração do repasse de R$ 3,1 milhões do governo federal para TV Record. A verba seria destinada para “preservação e digitalização” do acervo da emissora, contudo, o mesmo já está todo digitalizado.
O investimento de R$ 3,1 milhões para digitalização e preservação do acervo da Record saiu do Fundo Nacional de Cultura, que tem como objetivo estimular a distribuição regional dos recursos federais para a cultura, favorecer visão interestadual, apoiar projetos de aperfeiçoamento profissional, entre outros.
O subprocurador-Geral Lucas Rocha Furtado pediu que o Tribunal investigue para onde a verba foi destinada, uma vez que a TV já possui estrutura de armazenamento do acervo, que já está todo digitalizado, e pediu também a responsabilização cabível em caso de comprovação de uso indevido de recursos públicos.
A representação apresentada pelo MP afirma que o governo Bolsonaro usa recursos públicos para favorecer a TV Record, uma de suas principais apoiadoras. Os privilégios dados pelo governo federal para a emissora citada e para o SBT já foram apontados previamente em uma auditoria do TCU.
Em abril deste ano, a coluna noticiou que a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) pagou R$ 3,2 milhões à TV Record para exibir duas temporadas da novela bíblica “Os dez mandamentos”.