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MP Eleitoral denuncia governador do RJ por compra de apoio político

Reeleito no Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro foi denunciado pelo MP por usar a máquina pública na campanha ao governo estadual

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Polícia Claudio Castro, governador do Rio de Janeiro - Metrópoles
1 de 1 Polícia Claudio Castro, governador do Rio de Janeiro - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro denunciou, nesta quarta-feira (14/12), o governador Cláudio Castro e onze aliados por abuso de poder político e econômico em sua campanha pelo governo do estado. Reeleito, o governador é suspeito de compra de apoio político e uso da máquina pública para fins eleitorais.

Castro e seus principais aliados, segundo a denúncia, usaram cargos fantasmas na Fundação Ceperj em troca de votos. As investigações apontam que 27 mil cargos fantasmas foram criados, sem transparência alguma, para alocar apadrinhados de aliados do governador.

O pagamento dessa mão de obra ocorria, em sua maioria, por meio de saques de dinheiro em espécie, na “boca do caixa”, que nos primeiros meses deste ano totalizaram quase R$ 226,5 milhões.

Além disso, o MP Eleitoral suspeita que esses funcionários fantasmas devolviam uma parte de seus salários para financiar a campanha do governador eleito e de seus principais aliados, como o secretário de Governo, Rodrigo Bacellar e outras dez pessoas.

O caso, agora, será encaminhado para o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Se o TRE-RJ aceitar a denúncia e condenar a chapa de Castro, o governador pode ter seu mandato cassado, assim como seus aliados.

Na última semana, a Procuradoria-Geral da República pediu ao Superior Tribunal de Justiça para abrir um inquérito contra Castro por suspeitas de desvios de contratos da Fundação Leão XIII, que era subordinada à vice-governadoria na época em que Castro era vice de Wilson Witzel.

A PGR pediu ao Superior Tribunal de Justiça a abertura de um inquérito, baseado em uma delação contra Castro, de que o governador recebeu propina de empresários.

O pedido aponta, ainda, que os supostos crimes teriam continuado a ocorrer mesmo depois que Castro assumiu o cargo de governador do Rio, após o impeachment de Witzel, em abril de 2021.

(Atualização às 20h47 de 14 de dezembro de 2022: Em nota, a coligação do governador Cláudio Castro afirmou que apresentará os esclarecimentos necessários à Justiça Eleitoral. “Cláudio Castro e o vice-governador eleito, Thiago Pampolha, estão seguros de que todos os pontos levantados serão respondidos a fim de confirmar a lisura da chapa no processo eleitoral”, afirmou o comunicado.)

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metropoles.comGuilherme Amado

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