metropoles.com

MP de Goiás denuncia primo de Ronaldo Caiado por homicídio

Um primo do governador Ronaldo Caiado foi denunciado pelo MP de Goiás pelo assassinato do empresário Fábio Alves Escobar em 2021

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
Imagem colorida de jorge caiado sentado e com os braços em cima da mesa - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de jorge caiado sentado e com os braços em cima da mesa - Metrópoles - Foto: Reprodução

O Ministério Público do Goiás denunciou, nesta terça-feira (19/3), um primo do governador Ronaldo Caiado, Jorge Caiado, pelo assassinato do empresário Fábio Alves Escobar em 2021. Os promotores acusam o primo de Caiado de usar sua influência na Secretaria de Segurança do Goiás para ajudar no planejamento do assassinato. A informação foi publicada pela jornalista Fabiana Pulcineli e confirmada pela coluna.

O Ministério Público já havia denunciado o ex-assessor do governo de Goiás, Carlos César Savastano de Toledo, conhecido como Cacai, pela autoria intelectual do crime. O órgão, agora, incluiu o primo de Caiado, que é assessor na Assembleia Legislativa de Goiás, como um dos denunciados por ter “incentivado” e “prestado auxílio” na execução do crime.

Além de Cacai, três policiais militares têm ligação direta com a morte do empresário, segundo o MP. São eles: Glauko Olívio de Oliveira, Thiago Marcelino Machado e Erick Pereira da Silva.

A denúncia contra Jorge Caiado afirmou que o primo do governador, valendo-se do prestígio na Secretaria de Segurança, ligou para o coronel Benito Franco Santos, então comandante da ROTAM, em Goiânia, e pediu para “resolver uma situação de ameaças sofridas por Cacai”.

Posteriormente, ainda segundo o MP, Jorge Caiado apresentou Cacai ao policial militar Welton da Silva Veiga, chefe de um grupo de extermínio. Veiga aceitou comandar o crime e cooptou Thiago Marcelino Machado, Glauko Olívio de Oliveira e Érick Pereira da Silva para auxiliá-lo no assassinato.

“Ressalte-se que se não fosse o traquejo de Jorge Caiado e influência com autoridades policiais, Carlos Toledo, por si só, não teria atingido seu desiderato criminoso”, dizem os promotores responsáveis pela denúncia.

O MP do Goiás mostrou uma troca de mensagens entre Escobar e o governador Ronaldo Caiado. Na conversa, o empresário disse ao governador que iria apagar as denúncias feitas a Cacai de suas redes sociais porque temia por sua vida e de sua família.

A motivação do crime

Cacai foi coordenador da campanha política do Democratas ao governo do estado de 2018, em Anápolis. Com a eleição de Ronaldo Caiado, ele ganhou o cargo de diretor administrativo da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego). Em 2020, foi preso por suspeita de fraudes em licitações na companhia e perdeu o cargo.

Escobar trabalhou com Cacai durante a campanha de 2018. No ano seguinte, passou a denunciá-lo na internet por supostos desvios de dinheiro. Em um dos vídeos, Escobar mostrava o momento em que devolvia R$ 150 mil, que ele dizia ter recebido de Cacai como suborno para que ele parasse com as denúncias. Para a investigação, essas desavenças motivaram o assassinato do empresário.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comGuilherme Amado

Você quer ficar por dentro da coluna Guilherme Amado e receber notificações em tempo real?