MP de Contas aponta ao TSE viés eleitoral de consignado da Caixa
Em apenas três dias, Caixa Econômica Federal concedeu R$ 1,8 bilhão a 700 mil beneficiários do Auxílio Brail
atualizado
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O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) enviou nesta quinta-feira (20/10) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma representação apontando finalidade eleitoral no lançamento do empréstimo consignado do Auxílio Brasil, feito pelo governo Bolsonaro.
O TCU apura o caso desde a última terça-feira (18/10). O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado pediu a suspensão imediata da oferta de crédito conduzida pela Caixa Econômica Federal. Em apenas três dias do segundo turno eleitoral, o banco estatal já concedeu R$ 1,8 bilhão de crédito consignado a 700 mil beneficiários do Auxílio Brasil.
O documento foi enviado por Furtado ao corregedor-geral da Justiça Eleitoral, o ministro do TSE Benedito Gonçalves, que tem adotado medidas duras recentemente. Nesta semana, Gonçalves ordenou a desmonetização de quatro canais bolsonaristas no YouTube, incluindo o Brasil Paralelo.
Nessa apuração sobre o “ecossistema de desinformação” bolsonarista, o vereador Carlos Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, foi intimado a se explicar. Nesta quinta-feira (20/10), o plenário do TSE confirmou a decisão.