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MP concorda com processo contra Carrefour por novos casos de racismo

Entidades antirracistas apontam que Carrefour voltou a cometer racismo com clientes no Brasil; mais crimes aconteceram em abril

atualizado

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Jacqueline Lisboa/Especial Metrópoles
Manifestação pela morte de João Alberto Freitas, um homem negro, em Carrefour de brasília 13
1 de 1 Manifestação pela morte de João Alberto Freitas, um homem negro, em Carrefour de brasília 13 - Foto: Jacqueline Lisboa/Especial Metrópoles

O Ministério Público de São Paulo concordou com uma nova ação de entidades antirracistas contra o Carrefour por casos de racismo na empresa. O parecer foi assinado no último dia 24.

O processo foi movido em abril pela Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro) e o Centro Santos Dias de Direitos Humanos. Em 2021, em reação à morte de João Alberto em um Carrefour de Porto Alegre, as duas ONGs já haviam fechado um acordo judicial com a companhia francesa de R$ 115 milhões. O dinheiro foi destinado a políticas contra o racismo.

Agora, as entidades apontam que o Carrefour segue promovendo crimes de racismo no Brasil, apesar de campanhas publicitárias da empresa sustentarem o contrário. E pedem uma indenização no mesmo valor, além de cobrarem medidas concretas da firma contra o racismo.

Representadas pelo advogado Márlon Reis, as ONGs também pediram acesso aos documentos do Carrefour sobre diversidade enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nos últimos anos.

Entidades voltam a processar Carrefour por novos casos de racismo | Metrópoles

Em 7 de abril, o artista negro Vinícius de Paula afirmou que foi impedido de ser atendido no Carrefour Alphaville da capital paulista. Uma cliente branca, por sua vez, foi assistida normalmente. O artista, que é marido da bicampeã olímpica de vôlei Fabiana Claudino, processará o mercado.

Dois dias depois, outro episódio ilegal aconteceu no Atacadão Parolin, também da rede Carrefour, em Curitiba. Perseguida por seguranças, a professora negra Isabel Oliveira tirou as roupas em protesto.

“O Poder Judiciário precisa decidir se uma empresa pode ser gerida de forma irresponsável, no que toca ao dever de respeitar à igualdade racial definida pelas leis brasileiras, ou fazer do Brasil terra de ninguém”, afirmou Frei David, diretor-executivo da Educafro.

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metropoles.comGuilherme Amado

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