Motorista da Uber cancelou corrida alegando “não transportar petistas”
Motorista da Uber em Belém, no Pará, disse que não prestaria o serviço para petistas; a passageira usava uma camiseta vermelha lisa
atualizado
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Um motorista da Uber alegou razões políticas e se recusou a transportar uma passageira em Belém, no Pará. Um print da conversa, publicado no Twitter pela cliente, a assessora legislativa Amanda Lorêdo, mostra o colaborador da Uber dizendo que não prestaria o serviço para “petistas”.
A passageira mora em Belém e trabalha para a vereadora Lívia Duarte, do PSol. Ela tinha ido a um ato que transmitiu o lançamento da pré-candidatura de Lula e pediu o Uber após almoçar com amigos em outro bairro da cidade.
A assessora disse que vestia uma camiseta vermelha lisa e um short jeans no momento do fato, sem nenhuma identificação partidária, mas que estava acompanhada de amigos que usavam símbolos ligados ao PT.
Após a reclamação de Amanda, a Uber enviou uma mensagem protocolar e afirmou que tomará medidas para que o incidente não se repita.
(Atualização às 15h42 do dia 9 de maio de 2022 – Em nota, a Uber informou que tem uma “política de tolerância zero a qualquer forma de discriminação em viagens pelo aplicativo”. A empresa disse que os motoristas parceiros da Uber “são independentes e, como todo brasileiro, têm direito a ter sua posição política”. “No entanto, negar-se a atender uma pessoa em razão de seu credo, raça, nacionalidade, religião, necessidade especial, orientação sexual, identidade de gênero, estado civil, idade ou inclinação política configura violação dos termos de uso e ao código de conduta do aplicativo, o que não é tolerado na parceria”, informou a Uber.)