Moraes mantém preso PM da reserva que liderou acampamento golpista
Moraes manteve prisão preventiva de Cláudio Mendes dos Santos, ex-PM do DF acusado de incitar e financiar golpismo do 8 de Janeiro
atualizado
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Apontado pela Polícia Federal como líder do acampamento golpista em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, o major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal Cláudio Mendes dos Santos teve a prisão preventiva mantida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
O ex-PM está detido na capital desde 23 de março de 2023, suspeito de ter atuado na organização e no financiamento dos atos golpistas de 8 de Janeiro. Em março, a Primeira Turma do STF aceitou denúncia da PGR contra ele e o tornou réu pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado.
Em decisão em segredo de Justiça assinada na segunda-feira (1/4), à qual a coluna teve acesso, Moraes considerou que não se alteraram os motivos pelos quais Mendes foi preso preventivamente: “indícios de que integra associação criminosa que, de forma reiterada e ostensiva, atentou contra a Democracia e o Estado de Direito, pleiteando a implantação de um governo militar”.
Moraes também apontou diligências investigativas em curso, “impossibilidade” de substituir a prisão preventiva por medidas alternativas e ressaltou a “gravidade exacerbada” da conduta do PM da reserva, “a demonstrar elevada periculosidade social e poder de influência sobre terceiros”.
O ministro afirmou que, além de incitar o golpismo, Cláudio Mendes dos Santos costumava pedir transferências via Pix à conta bancária de sua mulher, cuja arrecadação seria destinada a financiar atos antidemocráticos.