Moraes mandou cruzar dados de empresários e de assessor de Bolsonaro
Ministro Alexandre de Moraes, do STF, ordenou operação da PF contra empresários bolsonaristas
atualizado
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Ao autorizar na semana passada uma operação contra oito empresários bolsonaristas, Alexandre de Moraes determinou que seja feito o cruzamento entre os dados telemáticos do grupo com o de Mauro Cesar Cid, o Major Cid, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
O sigilo de Major Cid já havia sido quebrado no inquérito dos atos antidemocráticos.
“(…) tal medida não tem apenas o condão de trazer elementos concretos do envolvimento dos investigados com o núcleo ‘financeiro’, mas também de servir de norte para o eventual cruzamento (…) entre os dados telemáticos dos referidos empresários com aqueles dados que já estão sendo analisados pela Polícia Federal a partir da quebra do sigilo telemático de Mauro Cesar Cid, ajudante de ordens do Presidente da República”, escreveu o juiz instrutor do gabinete de Moraes, Airton Vieira.
No último dia 23, atendendo a pedidos da PF, Moraes ordenou mandados de busca e apreensão contra oito empresários bolsonaristas que defenderam um golpe de Estado, caso Lula vença a eleição de outubro. As mensagens do grupo Empresários & Política foram reveladas no último dia 17 pela coluna. No âmbito do inquérito das milícias digitais, o ministro do STF determinou o bloqueio das contas bancárias dos empresários, das contas dos empresários nas redes sociais, a tomada de depoimentos e a quebra de sigilo bancário.
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências de Afrânio Barreira Filho, dono do grupo Coco Bambu; Ivan Wrobel, da W3 Engenharia; José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan; Luciano Hang, do grupo Havan; André Tissot, da Sierra Móveis; Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, da Mormaii; Meyer Nigri, da Tecnisa; e José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro.