Ministros de Bolsonaro reveem planos de disputar cargos majoritários
Baixa popularidade de Bolsonaro obriga ministros a refazerem os planos para a disputa da eleição deste ano
atualizado
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A baixa popularidade de Jair Bolsonaro e sua dificuldade de crescer começaram a fazer ministros de seu governo repensar se de fato vão disputar cargos majoritários, como de senador.
Neste grupo, estão, por exemplo, Fábio Faria, do Ministério das Comunicações, e Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional. Os dois políticos do Rio Grande do Norte já sabiam que teriam dificuldade de disputar juntos ao mesmo cargo, e avaliavam quem iria concorrer ao quê. Agora, os dois consideram a possibilidade de disputar a Câmara. Faria é deputado federal e Marinho foi derrotado em 2018, quando concorreu ao Senado e foi derrotado.
Tereza Cristina, da Agricultura, também avalia com cuidado o cenário no Mato Grosso do Sul. A ministra, atualmente no DEM, ainda estuda qual será seu destino partidário, e até algumas semanas atrás estava certa de que tentaria se eleger senadora, mas agora considera se o mais seguro não seria novamente tentar uma vaga na Câmara — ela, a exemplo de Faria, também é deputada.
O ministro da Justiça, Anderson Torres, até outro dia secretário de Segurança do DF, também está revendo os planos de se candidatar ao Senado. Embora ele ainda considere que números a serem divulgados de sua gestão teriam o efeito de catapultar seu nome nas pesquisas, Torres foi aconselhado a não entrar num embate com Flávia Arruda, ministra da Secretaria de Governo que está bem colocada em intenções de voto.
Marcelo Queiroga também desistiu dos planos de concorrer ao Senado pela Paraíba. Avaliou que seria mal recebida sua saída do Ministério da Saúde em março, quando a pandemia ainda estará longe de ser debelada. Vai lançar o filho, Antônio Queiroga, o Queiroguinha, a deputado federal no estado.