Ministro do STF: “Ameaça de golpe foi bom para constranger militares”
Ministro avalia que episódio com Braga Netto foi importante para compelir Forças Armadas a dizerem que não há compromisso com voto impresso
atualizado
Compartilhar notícia
Um ministro do STF – que também havia ouvido relatos sobre a ameaça feita por Walter Braga Netto a Arthur Lira, de que não haverá eleições se não for aprovado o voto impresso auditável – passou a manhã analisando os desdobramentos da reportagem de Andreza Matais e Vera Rosa.
O magistrado concluiu que a divulgação do relato da ameaça foi importante para constranger as Forças Armadas a dizer publicamente que não há compromisso dos militares com o voto impresso.
“Este episódio de ameaça de golpe foi bom para constranger os militares a dizer publicamente que não haverá ruptura por causa de voto impresso”, avaliou.
Segundo esse ministro, desde a nota publicada pelas Forças Armadas intimidando Omar Aziz, ouve “muito telefone sem fio” em Brasília, mas de fato chegaram a ele relatos sobre ameaças veladas feitas por Braga Netto.
Ainda na análise desse ministro, também foi simbólico para mostrar a falta de poder das Forças Armadas, visto que o episódio veio à tona após a demissão de um general, em tese um dos mais influentes do governo, para colocar no lugar um político do Centrão.