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Ministério da Saúde recua e diz à CPI que não recomenda cloroquina

Nova versão contrasta com ações da pasta e depoimentos da cúpula do ministério à comissão

atualizado

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Coletiva de imprensa do comitê de combate a covid no plácio do planalto ministro marcelo queiroga
1 de 1 Coletiva de imprensa do comitê de combate a covid no plácio do planalto ministro marcelo queiroga - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Ministério da Saúde recuou e afirmou à CPI da Pandemia que não recomenda medicamentos ineficazes contra a Covid, como cloroquina, azitromicina e ivermectina. O documento, que contrasta com ações de governo e depoimentos de integrantes da pasta à comissão, foi enviado aos senadores na segunda-feira (12/7).

Hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina e ivermectina, entre outros medicamentos, não devem ser usados contra a Covid, porque não apresentaram benefícios clínicos, afirmou nota técnica de 27 de maio da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde da pasta.

Esses medicamentos sem eficácia foram defendidos publicamente diversas vezes por Jair Bolsonaro, aliados e até por uma comitiva do Ministério da Saúde durante a crise de oxigênio no Amazonas em janeiro, na gestão Pazuello.

A postura do ministério na manifestação à CPI contrasta com depoimentos de integrantes da própria pasta ao colegiado. Dois dias antes dessa nota técnica, em 25 de maio, Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e Educação, conhecida como “Capitã Cloroquina”, defendeu o uso de cloroquina, comprovadamente ineficaz contra a Covid. No começo de maio, o ministro Marcelo Queiroga se omitiu sobre a cloroquina ao ser questionado pelos parlamentares.

A destinação de medicamentos ineficazes contra a Covid pelo governo Bolsonaro é um dos eixos da CPI da Pandemia. Em outra frente, no último dia 2, o MPF processou o general e ex-ministro Eduardo Pazuello em R$ 122 milhões na gestão da pandemia. Entre as atitudes de Pazuello citadas pelos procuradores, está a adoção “ilegal” do “tratamento precoce”.

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