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Ministério da Justiça fez parceria com app evangélico para servidores

Aplicativo traz curso “Tornando Deus e Sua Palavra uma prioridade” e podcast “O Senhor é o meu Pastor”

atualizado

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PF Anderson Torres Eduardo Bolsonaro
1 de 1 PF Anderson Torres Eduardo Bolsonaro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O Ministério da Justiça fez uma parceria com o Ministérios Pão Diário, uma entidade religiosa que divulga conteúdos cristãos para profissionais da segurança pública. O acordo foi assinado em agosto de 2021, na gestão do atual ministro, Anderson Torres, e durará dois anos. Um dos produtos da organização, o aplicativo “Pão Diário — Segurança Pública” oferece cursos como “Tornando Deus e Sua Palavra uma prioridade” e “Aprendendo a orar”.

O Ministérios Pão Diário informou à Receita Federal ser uma organização religiosa sediada em Curitiba. No ano passado, foi contratado por R$ 11,2 mil pelo Exército, sem licitação, para distribuir 2 mil livros intitulados “Pão Diário Edição Militar”.

A obra tratava de “valores cristãos encontrados na sabedoria da Bíblia”. Em outro contrato, de valor não informado, o Exército também intermediou a entrega de materiais da entidade na Operação Acolhida, que lida com imigrantes venezuelanos em Roraima.

No caso do Ministério da Justiça, o acordo assinado em agosto do ano passado foi gratuito. O objetivo da parceria não é claro: envolve ações de “assistência espiritual, capelania e promoção da saúde e qualidade de vida” para profissionais da segurança pública.

O aplicativo “Pão Diário — Segurança Pública” só fala da religião cristã. Entre os cursos estão “Quem é Jesus” e “Os Evangelhos”. Um dos programas de podcast foi batizado de “O Senhor é o meu Pastor”. E há ainda um plano de leitura denominado “Deus me ouve”.

Segundo a entidade, cerca de 50 mil servidores da segurança pública tiveram acesso a esses materiais, virtuais ou físicos. O aplicativo, que informou ter a missão de gerar “conhecimento de Deus”, cita parcerias com governos estaduais, como o do Ceará, mas sem dar detalhes.

Procurado, o Ministério da Justiça não respondeu por que a pasta divulga religiões cristãs, as razões para a parceria nem como serão as atividades do acordo. A pasta também não forneceu documentos que basearam o acordo.

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