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Militares executaram política “genocida” na Saúde, diz relatório alternativo

“Farda não pode ser utilizada como escudo de proteção para erros e omissões”, escreveu senador Alessandro Vieira à CPI da Covid

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Ministério da Saúde com operários limpando letreiro
1 de 1 Ministério da Saúde com operários limpando letreiro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O senador Alessandro Vieira, do Cidadania de Sergipe, afirmou em um relatório alternativo apresentado nesta sexta-feira (15/10) à CPI da Pandemia que os militares executaram uma política “genocida” no Ministério da Saúde. No documento, Vieira também pediu o indiciamento do general Walter Braga Netto, ministro da Defesa e ex-ministro da Casa Civil, por três crimes.

“Treinados para executar ordens dos seus superiores, deixaram de lado a capacidade individual de julgamento moral ou discernimento ético sobre o trabalho realizado e executaram uma política genocida”, escreveu Vieira. O documento foi enviado aos senadores da CPI e poderá embasar o relatório final da comissão, que será apresentado por Renan Calheiros na próxima semana.

Vieira também propôs investigações sobre a atuação de militares no Ministério da Saúde, que ocuparam os cargos de comando da pasta na gestão do general Eduardo Pazuello. Sem formação em saúde, esses militares também participaram das negociações de vacinas.

“As investigações sobre a atuação do corpo militar na gestão da pandemia devem ser aprofundadas e apuradas e os culpados devidamente punidos. A farda não pode ser utilizada como escudo de proteção para os erros e omissões cometidos”.

Vieira apresentou um relatório alternativo porque considerou que o relator do colegiado, Renan Calheiros, preparou um relatório final demasiadamente extenso e com muitos alvos. Vieira avalia que o documento deve ser objetivo e focar em crimes que tenham mais provas. O relatório de Vieira tem 169 páginas. A expectativa na comissão é que o de Renan passará das mil.

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