Militares da ativa e da reserva no governo têm acréscimos de até R$ 17 mil no salário
Eduardo Pazuello chegou a receber quase R$ 38 mil
atualizado
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Não são apenas os generais do primeiro escalão do governo Bolsonaro que acumulam altos salários. A lista de patentes que somam remunerações civil e militar ao entrar para o Executivo inclui coronéis, tenentes-coronéis, contra-almirantes, além de generais no segundo escalão. As remunerações chegam à casa de R$ 40 mil.
Eduardo Pazuello somou à remuneração usual de R$ 31 mil como general-de-divisão da ativa os R$ 6,9 mil que recebe como atual secretário de Estudos Estratégicos na Presidência, já descontado o abate-teto, chegando a quase R$ 38 mil.
Também na ativa, o secretário de Assuntos Estratégicos, Flávio Viana Rocha, almirante-de-esquadra da Marinha, ganhou em março R$ 37,1 mil. Seu salário sem o acréscimo seria de R$ 33 mil.
A maioria, no entanto, está na reserva. Veja alguns casos.
-Antônio Leite dos Santos Filho (general-de-brigada e diretor-geral do DNIT) recebe R$ 44,4 mil. O salário sem o acréscimo seria R$ 27 mil.
-Carlos Alberto Flora Baptistucci (coronel e secretário-executivo adjunto do Ministério da Ciência e Tecnologia) recebe R$ 40,9 mil. Sem o acréscimo, seria R$ 23,9 mil.
-Robson Santos da Silva (tenente-coronel e secretário de Saúde Indígena) recebe R$ 38,3 mil. O salário normal seriam R$ 21,4 mil.
-Alexandre Dias da Cruz (contra-almirante e chefe do Ibama no Rio) ganha R$ 37,2 mil. O salário sem o acréscimo seria R$ 26,8 mil.
Os dados são de abril, último mês com registros dos salários militares no Portal da Transparência, e consideram as remunerações brutas, mas sem os eventuais descontos por abate-teto.