Mil integrantes do MP criticam punições do CNMP a procuradores
Procuradores foram suspensos por 30 dias de suas funções por, segundo o CNMP, vazar informações sigilosas da Operação Lava Jato
atualizado
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Cerca de mil integrantes do Ministério Público assinaram, até esta quinta-feira (22/12), uma nota contra as punições do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) aos procuradores da Lava Jato no Rio de Janeiro Eduardo El Hage e Gabriela Câmara na segunda-feira (22/12).
El Hage e Câmara foram suspensos por 30 dias de suas funções por, segundo o CNMP, vazar informações sigilosas da Operação Lava Jato.
Na nota, os servidores do MP defenderam a trajetória dos procuradores na operação e afirmaram que o fornecimento de informações dos casos investigados seguiram padrões institucionais do Ministério Público Federal.
“Conferiram transparência e publicidade, a bem do interesse público e para a necessária prestação de contas à sociedade, a uma acusação formalmente apresentada, de conteúdo público”, diz o documento.
Os integrantes do MP afirmam também que a punição gera temor entre outros procuradores que se preocupam com a “transparência e prestação de contas com a sociedade”.
“O eventual prejuízo daí decorrente será sentido diretamente pela sociedade, já que é desta o direito à informação, bem como são seus os interesses protegidos por um Ministério Público Brasileiro independente”, apontam os signatários.