Mesmo com verba, PL não pagará aluguel de mansão de Bolsonaro
TSE desbloqueou contas do PL na semana passada; mesmo sem aluguel bancado pelo partido, casal Bolsonaro terá salários altos
atualizado
Compartilhar notícia
O PL, partido de Jair Bolsonaro, não pagará o aluguel de uma mansão ao ex-presidente, mesmo depois de ter as contas desbloqueadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na semana passada. Até então, o bloqueio imposto pelo ministro Alexandre de Moraes era usado por interlocutores da legenda como justificativa para não bancar essa despesa de Bolsonaro.
Em dezembro, o PL reservou uma mansão para Bolsonaro em um condomínio de Brasília, mas o contrato nunca foi assinado. Não havia dinheiro no caixa nem para pagar funcionários. No mês anterior, Moraes havia multado a sigla em R$ 23 milhões por supostamente ter agido de má-fé para questionar o resultado das eleições.
A provável mudança da família Bolsonaro para o condomínio gerou protestos de moradores, que fizeram um outdoor contra Bolsonaro, e o assunto virou caso de polícia.
Agora, com as contas desbloqueadas, o partido avalia que bancar uma mansão para os Bolsonaro geraria mais desgaste à legenda, especialmente num cenário em que o ex-presidente pode voltar em breve a atacar Moraes e o TSE. Apesar dessa decisão, Jair Bolsonaro e Michelle receberão salários altos do partido: R$ 47 mil para Bolsonaro, como presidente de honra, e R$ 33 mil para Michelle, como presidente do PL Mulher.